Eduarda Rosa (1949) vive e trabalha em Lisboa. Licenciou-se em Farmácia e doutorou-se em Química Orgânica no Imperial College em Londres tendo desenvolvido a sua vida profissional na Faculdade de Farmácia de Lisboa. Iniciou a sua formação na área das artes plásticas em cursos noturnos nas escolas Ar.Co e Arte Ilimitada, tendo após a reforma ingressado no Curso de Desenho do Ar.Co (2007–09), seguindo-se o Curso Avançado de Artes Plásticas (2009–11) e um ano de Projecto Individual (2011–12).
A sua primeira exposição individual, Trans Formas, realizou-se em 2014, no Espaço AZ, seguindo-se GTF.des em 2015, no Museu Geológico, ambas em Lisboa. Em 2016, na Culturgest do Porto, teve lugar a sua exposição individual, As Classificações Sensíveis e em 2018, em Coimbra, na Galeria 7, teve lugar a sua exposição individual Formas Primitivas. A sua exposição individual mais recente foi Voltar a casa e Trans-formações do lugar comum, NowHere, Lisboa em 2021, em Fevereiro de 2020, no Museu José Malhoa em Caldas da Rainha.
“A poética de Eduarda Rosa é caracterizada pela reorganização do mundo através da recomposição de imagens meticulosamente recortadas e retiradas de publicações antigas como dicionários, atlas, livros de zoologia, botânica, medicina e manuais escolares, datados principalmente do final do século XIX e das primeiras décadas do século XX, numa espécie de desconstrução dos métodos científicos. Procedimentos como sistematização, catalogação, intervenção na matéria através de experimentações e lógicas matemáticas, com medições precisas para resolver problemas e provar ideias, são revertidos em organização, criação de relações, acumulação de objetos e subversão de imagens e palavras científicas através do rigor da intuição. Não há hipóteses a serem confirmadas ou refutadas, apenas novas maneiras de organizar os mundos internos e externos sem o auxílio da racionalidade.”- Cristiana Tejo
